terça-feira, fevereiro 04, 2014

Papa Francisco




O novo líder da Igreja católica tem causado uma de duas reacções mais típicas:
Por um lado, os cépticos que desconfiam do excesso de mediatismo a que tem sido votado. Por outro lado aqueles que, mesmo tendo tomado posições extremamente críticas em relação à Igreja Católica e em especial aos anteriores Papas, tecem agora rasgados elogios à sua simplicidade e à "lufada de ar fresco" que este trouxe à Igreja Católica.
 
Como quase sempre a razoabilidade encontra-se algures entre estes dois pontos.
Quero ver as reacções destes "novos cristãos" quando verificarem que o Papa Francisco não alterou uma virgula do que a Igreja vem defendendo há muitos anos, nomeadamente no que concerne aos dogmas de fé e os costumes da Igreja como seja o Celibato, a ordenação de mulheres, a defesa dos métodos naturais de controlo da natalidade, entre outros. Mais; acho admirável como ateus e até confessos críticos da Igreja Católica tecem tão grandes elogios à sua exortação apostólica Evangelii Gaudium, quando o que lá está escrito é o que a Igreja Católica há muito defende. Não há lá novidade alguma.
 
Vivemos na era da imagem, do mediatismo, das aparências. Mas a imagem do Papa Francisco não será novidade por muito tempo porque ele não é nenhuma "Top Star" e não é esse o seu objectivo. Não vive da imagem. Jorge Mario Bergoglio  é assim desde sempre, diz quem o conhece: simples, bem humorado, humilde e profundamente Cristão.
 
Os que hoje enchem os seus murais do facebook de posts acerca deste Papa Francisco só porque ele tem procurado varrer a Igreja Católica da poeirada dos últimos séculos, serão os primeiros a esquece-lo quando chegar a hora de, esgotadas essas pérolas mediáticas, surgir a necessidade de seguir as suas pegadas e procurar imita-lo na sua humildade, entrega e exemplo.
 
O cristianismo não é a opção fácil. O Cristianismo do Papa Francisco é uma escolha radical que não se compadece com simples likes do facebook.
 
 

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