A liberdade sem limites não existe.
Fiquei absolutamente estupefacto ao verificar que na humilde terra onde vivo, o PNR obteve uma votação significativa, atendendo ao reduzido eleitorado. Os seus 22 votos, e uma percentagem de 3.8%, são motivos mais que suficientes para uma reflexão.
Apesar de se tratar de uma brincadeira de meia dúzia de amigos, parece-me que há limites para tudo.
Extrapolando este resultado para o contexto nacional, este partido xenófobo e racista, teria representação parlamentar, o que seria obviamente vergonhoso para um país com uma tradição humanista como Portugal.
Não podemos nunca, nem por brincadeira, subscrever os princípios que este partido defende. Admito que a maioria dos que votaram nem conheçam o partido nem os seus princípios (ou falta deles). Para fazer protesto, existe o voto em branco, ou uma enorme quantidade de partidos, alguns dos quais com programas simpáticos, e propósitos sérios, que ao crescerem a votação enriqueceriam a democracia.
A política não deve ser uma brincadeira. Quer queiramos, quer não, o desenvolvimento das sociedades passa inevitavelmente pela política. Más escolhas politicas conduzem a prazo a retrocessos civilizacionais.