quinta-feira, julho 30, 2009

Ilusões



Quando nos concentramos demasiado num pormenor, perdemos a noção da realidade.

foto: Santuário de Fátima - Junho 2009

...da vida



Os lugares ficam...
as pessoas passam...
... a conjugação destes dois factores nunca mais será igual.
Ficará pelo menos a lembrança de um momento nas nossas vidas em que paramos para pensar o caminho a escolher.

terça-feira, julho 28, 2009

terça-feira, julho 21, 2009

"África em nós"



Recebi um simpático mail da assessoria de imprensa do projecto fotográfico "África em nós", promovido pela Secretaria da Cultura de S. Paulo e não pude deixar de dar um meu modesto contributo, fazendo referência a esse interessante projecto aqui no meu blog.


Faço-o porque a ideia me parece excelente, na medida em que contribui para uma aproximação cultural e fomenta a busca das origens culturais daquele povo ( e já agora, em jeito de "provocação" - porque não alargar este projecto para algo do tipo "Portugal em nós"?)


Faço-o também porque fiquei sensível a esta incrível facilidade de comunicação entre pessoas que vivem a milhares de kilometros, mas podem desenvolver trabalhos e projectos em conjunto. Lá no Brasil, há pessoas que visitam o blog de um sujeito desconhecido, que vive numa terrinha no norte de Portugal e que de alguma forma (ainda que modesta) pode contribuir para a projecção dessa iniciativa.

Parabéns aos promotores!

segunda-feira, julho 20, 2009

«Décalage»

Não abdico do digital e das suas vantagens, mas há uma característica que não aprecio particularmente. Poderá parecer um contra-senso, mas aquela que é a mais aplaudida das vantagens é a que mais me desagrada. Refiro-me à possibilidade de visualizar as imagens de imediato. Gosto de dar às imagens um período de maturação. Gosto de apagar da memória um conjunto de expectativas que crio quando faço as fotos e que nem sempre se revelam como espero e abdicando desse "pre-conceito" fico aberto a aceitar outras fotos sobre as quais não tinha expectativas.

Vem tudo isto a propósito de um texto sobre Paulo Nozolino em que a páginas tantas refere:

" Sem saber o que é um computador, sem nunca ter tocado numa máquina digital, Nozolino assume a fotografia analógica como a única forma de trabalhar e prefere não abdicar dos três anos de «décalage» entre o clique da Leica e a ampliação da imagem. «Depois de fotografar guardo os rolos, passados seis meses revelo-os e vejo as provas de contacto e dois anos mais tarde amplio a fotografia. Preciso dessa distância fria. Só longe de qualquer tipo de emotividade é que consigo olhar para as imagens e perceber o que são. É esse tempo que o analógico exige de que eu não quero prescindir.»"
Foto: Sargaceiros da Vila de Apúlia - Agosto de 2003 (registado em película)

quarta-feira, julho 15, 2009

Pontos de vista


O desprezo pelas mais genuínas expressões culturais do nosso povo, ao invés de manifestar elevação cultural, representa uma ignorância parola.

domingo, julho 12, 2009

Sensibilidade de bom senso

O uso do photoshop ou outros editores de imagem na fotografia, é uma discussão recorrente.
Acerca disso duas considerações:
1 - É impensável fazer fotografia sem recorrer a esse editores.
2 - O sentido critico e o bom senso deverão ser a balança que nos ajuda a dosear o seu uso.

Vem isto a propósito da recente polémica com o vencedor do BES Photo (Edgar Martins), que viu um dos seus trabalhos ser retirado do site do “New York Times”, depois de um leitor ter descoberto que este tinha recorrido a técnicas de Photoshop para produzir as suas fotos.

Aqui, poderá encontrar mais informação e formar uma opinião mais fundamentada sobre o assunto.

quinta-feira, julho 09, 2009

Do anonimato


"Coisa limitadora, a amizade! Sobretudo negativa, no ponto de vista intelectual. Ou é uma contínua transigência, ou uma fonte de arrelias. Só a oposição anónima - inimiga, no fundo - estimula e faz criar. Diante dela o espírito voa como entende. Não há direcções proibidas, nem poços de ar pessoais, onde se cai com o coração na boca."

in Diário - Miguel Torga, Vols V e VI
Este texto do Torga é uma grande verdade. O anonimato tem as suas vantagens. Espevita-nos, encoraja-nos e tem a vantagem de nos deixar perfeitamente à vontade para emitir uma opinião, estando nas tintas para o que um anónimo pense.
Com um amigo, é diferente. Quantas vezes não abdicamos de uma opinião para não melindrar uma amizade?

segunda-feira, julho 06, 2009

sexta-feira, julho 03, 2009

Ameaças e oportunidades

A fotografia digital, (mais que a analógica) tem uma gama dinâmica muitíssimo mais reduzida que os nossos olhos. Aquilo que os nossos olhos vêem não é o que a máquina consegue registar. Essa dificuldade limita muitas vezes a criação fotográfica, mas também pode ser aproveitada pelo seu lado positivo. Assim, graças a essa limitação técnica, conseguimos registar fotograficamente contrastes e silhuetas apesar de os nossos olhos não serem capazes de os ver.


quinta-feira, julho 02, 2009

s/título


De nada vale ser "Barco" e querer navegar, se o mar não permite.
É doloroso ver o tempo passar, e o povo faminto à espera de peixe.