quarta-feira, dezembro 06, 2006

A crueza dos números.



Fiquei hoje a saber que estava entre os 50% mais ricos do planeta. Não. Não me saiu o euromilhões, nem tão pouco o totoloto. Cheguei a esta conclusão depois de ler o estudo das Nações Unidas, segundo o qual, quem for detentor de um património de 1700 euros está entre a metade mais rica do mundo. Isto equivale a ser dono de um simples computador e mais meia dúzia de equipamentos electrónicos. Mas a crueldade dos números vai muito mais longe, ao indicar que mais de metade da riqueza mundial está na mãos de (imagine-se) 2% dos adultos do planeta, e no extremo oposto, cerca de 50% da população mundial não detém mais que 1% dessa riqueza.

À medida que os anos passam, mais facilmente encontro explicações para um dos grandes perigos das sociedades ocidentais – o terrorismo. Se estivéssemos nos 50% que têm que lutar amargamente pela pequena parcela de 1% da riqueza, certamente compreenderíamos o incompreensível.
foto: Feira das Cruzes 1996 - by Nuno Sousa

3 comentários:

Anónimo disse...

Não Nuno. Não estás no grupo dos 50% mais ricos da população mundial. Estás num grupo ainda mais restrito e elitista. Segundo o escandaloso relatório que citas (e que, é bom que se tenha a noção, é "apenas" mais um entre vários outros, apontando todos no mesmo sentido, pegue-se-lhes por onde se pegar), estarés incluído no lote dos 10% dos cidadãos mais ricos da humanidade. Para se entrar nesse restrito clube, basta que se tenha 50.000 euros (sim, sim: com cinquenta mil euros, já se fica entre os 10% mais ricos do planeta.

Anónimo disse...

ola!!!
A crueza dos numeros é uma realidade verdadeira, mas que nem todos conhecem...
É bom haver pessoas que divulguem estes factos para que mais pessoas tenham conhecimento da nossa realidade.
Continua...

bethi-humida disse...

Zara!!!
moralmente e,segundo a constituiçao
temos o dever de estar informados e
nao faltam meios ao n/ alcançe, para tal.

Basta dedicar menos tempo a religi-
ao do futebol, falar menos de sexo e nao nos emiscuirnos na vida alhe-
ia.
Se o praticasse-mos a realidade vergonhosa dos numeros antes cita-
dos nao seria tao alarmante e ver-
gonhosa.