Foi com enorme prazer que eu e o Sérgio, acedemos a acompanhar o Sr. Agostinho ao interior do posto de socorros a náufragos da Apúlia. Lá dentro , naquilo que só com boa-vontade se poderia chamar centro de comunicações, o Sr Agostinho contou-nos a sua história ligada ao mar e mais concretamente ao Centro de Socorros, cujos comandos estão entregues à sua Família desde 1935. Contou-nos com orgulho como o seu pai salvou os tripulantes de uma embarcação francesa e mostrou-nos o documento datado de 1935 e escrito em francês, em que os navegantes agradeceram a forma heróica como foram resgatados do mar pelas mãos corajosas de seu Pai. As mesma mãos que o destino havia de impedir de salvarem a própria esposa, que se afogou nos rochedos mesmo à sua frente. Foi aliás esse tragico infortunio que havia de motivar, primeiro ao seu irmão e mais tarde a ele próprio a aceitar a difícil tarefa de suceder a seu pai e garantir a segurança de quantos cruzam os mares da Apúlia.
Na foto vemos o Sr Agostinho e os quadros de seu pai, seu irmão e dele próprio, como responsáveis pelo posto.
Depois de visitar o seu posto de trabalho, fiquei a imaginar quantos cargos públicos absolutamente inúteis não tem condições luxuosas enquanto heróis como o Sr. Agostinho são obrigados a trabalhar em instalações absolutamente degradantes que corariam de vergonha paises do terceiro mundo.
1 comentário:
A história de uma vida ligada ao mar, com orgulho no passado e esperança no futuro.
Gostei da narrativa, que confirmo na íntegra, um bom trabalho.
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