As procissões, bem como todas as manifestações de cariz religioso do nosso povo, não são, à semelhança dos crucifixos nas salas de aula, uma agressão à laicidade do estado?
Se são, porque é que o governo não exige a sua extinção.
Se não são, porque é que se proíbe a presença de um crucifixo na sala de aulas, mesmo que todos professem a mesma religião?
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Foto: Apúlia, Agosto de 2008
7 comentários:
não confundas o que é bem dstinto.
"As procissões, bem como todas as manifestações de cariz religioso do nosso povo" são isso mesmo: "manifestações de cariz religioso do nosso povo", e o povo não é uma massa uniforme indistinta.
os crucifixos nas escola são uma imposição, por parte do estado, de uma religião a toda a população, logo "uma agressão à laicidade do estado".
Olá João!
Desculpa mas não concordo. Agressão, é obrigar a retirar os crucifixos numa sala de aulas onde todos os alunos e professor são católicos. A laicidade do estado não pode ser uma laicidade beligerante, mas antes respeitadora de todas as crenças sem distinção.
Essa laicidade impositiva é a meu ver uma forma de "religião" camuflada.
como sabes que todos os alunos e professores são católicos?
Referia-me a uma realidade que conheço bem. A escola da minha terra (que não é, certamente, exemplo isolado)
No teu post não está explícito que te referes a uma escola em particular, e eu também conheço outras com realidades diferentes da que referes.
Mas sobretudo, queria dizer-te que, para mim, agressão é obrigar as crianças a ter religião antes de terem opinião. Isso sim é “catolicismo beligerante”.
Não devias obrigar o teu filho a comer carne antes que ele tenha a opinião se deseja ser vegetariano.
Não se trata de obrigar as crianças a ter uma religião, mas antes de lhes ensinar um conjunto de valores que perfilho. Trata-se do mesmo direito que tu tens em ensinares os teus valores ao teu filho, e que obviamente respeito.
não gosto de misturar as coisas, e religião e vegetarianismo (do modo como o colocas) são duas coisas muito diferentes.
nas escolas não são os pais que estão a ensinar um conjunto de valores, mas sim o estado que deve ensinar um conjunto de princípios. e isto são duas coisas bem diferentes.
é evidente que acho que os pais devem passar aos seus filhos os princípios e aquilo que mais valorizam. mas acho que não há dúvida que a escolha deve ser feita pelo próprio, e esse só a poderá fazer se estiver formado para a fazer.
[além de que não conheço nenhum pediatra que aconselhe, a uma criança saudável, uma dieta vegetariana 8-)]
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