
Muitos serão os Creixomilenses, que desconhecem a existência de um monumento denominado “Campa do Frade”.
Este monumento, referenciado em vários livros, é uma tampa tumular, datada do Sec. XII/XV, composta por três elementos: Duas "estelas" de formato rectangular (uma para a cabeceira e outra para os pés) e uma tampa também rectangular. Em cada uma das "estelas", encontra-se gravada uma cruz grega inserida num círculo. Na pedra da tampa, podemos encontrar também uma cruz Grega inserida no círculo, mas obliquamente, e a parte restante está ornada por dois motivos tipo dentes de serra.
O monumento original, foi trasladado da Bouça denominada “Bouça da Campa” (junto à estrada que liga Creixomil a Vilar do Monte) para o Museu Arqueológico de Barcelos há várias décadas. Nessa altura, e para perpetuar a memória, o dono da propriedade (o Sr. José António de Sousa), resolveu colocar no mesmo local umas pedras (rudimentares) para não se perder a memória de tão antigo monumento, e em boa altura o fez porque graças a isso muitas pessoas puderam perpetuar a memória até aos nossos dias.
Contudo, por altura do alargamento da estrada que liga Creixomil a Vilar do Monte, ter-se-ão perdido as ditas pedras e com elas a memória da “Campa do Frade” que passou a existir apenas na memória das pessoas.
Para minimizar essa lamentável perda, alguns cidadãos, encabeçados pelo Sr. Armandino Joaquim Enes, resolveram restaurar o monumento e depois de obter autorização do actual proprietário ( Sr. Manuel Salazar Norton), mandaram esculpir uma réplica mais ou menos fiel, para que a memória não se perdesse.
Goatava aqui de louvar a atitude do Sr. Norton, que para além de autorizar que lá colocassem a réplica, também contribuiu financeiramente para a sua execução.
Fica aqui o convite para que visitem este sóbrio mas importante monumento.